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Surdolimpíada

Compete Brasília leva atletas surdos a mundial em Samsun, na Turquia

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Acostumada com a piscina desde os três anos de idade, Jane de Freitas Silva, de 30 anos, enfrentará o desafio de transformar as raias em cenário de vitórias. Em 15 de julho, ela embarca para Samsun, na Turquia, para disputar a 23ª Surdolimpíada, exclusiva para atletas surdos.

Moradora de Santa Maria, será a primeira vez que ela participa de um mundial de natação, e sonha trazer para o Brasil medalhas nas competições de 100 e de 50 metros. “Não tem como explicar a emoção que é ter essa oportunidade. Estou ansiosa para pegar logo essa medalha de ouro”, planeja a nadadora.

Jane integra a delegação brasileira de 99 esportistas surdos que competirá no mundial, de 19 a 30 de julho.  Ela está entre os 13 brasilienses que contam com recursos do Compete Brasília para custear as passagens. “É preciso muito esforço e foco”, sintetiza a atleta, dona de medalhas de prata e de bronze dos Jogos Sul-Americanos de Surdos de 2014.

Para conseguir se destacar, Jane treina por duas horas pelo menos três vezes na semana sob a orientação de Marco Antônio Caetano Júnior, técnico que a acompanha desde 2013. Como ela ficou um tempo parada para ter o filho Gabriel, de 1 ano e 8 meses, precisou intensificar o treinamento.

“Ela é rápida e focada. Em quatro meses, conseguiu diminuir em quatro segundos o tempo de prova, o que é muito na natação”, avalia o técnico.

No total, a delegação brasileira conta com 140 pessoas. Dessas, 20 formam a delegação brasiliense, que irá em sua maioria com passagens do programa Compete Brasília —apenas uma atleta, que está fora da cidade, viajará com outro patrocínio.

Entre as modalidades representadas por Brasília estão futebol masculino e feminino, vôlei, caratê, natação e atletismo.

A presidente da Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos, Deborah Dias, destaca que o número de atletas enviados ao evento, que costuma variar de 10 a 20, bateu recorde em 2017. “Ficamos felizes com o reconhecimento e estamos com expectativa alta para conseguir boas colocações.”

À frente da equipe desde 2016, Deborah, de 33 anos, também integrará o time de futebol feminino com outras duas representantes de Brasília. “Queremos cada vez maior participação da categoria em eventos de grande porte como esse”, reforça, em relação à representatividade.

Os atletas também contam com apoio do Ministério do Esporte e patrocínios privados para custear os gastos no torneio. Membro da delegação brasiliense, a intérprete da língua brasileira de sinais (libras) Esmeralda Castro Oliveira, de 54 anos, acompanhará os atletas do DF.

“É muita felicidade e orgulho poder estar com eles em mais um desafio”, emociona-se. Ela é secretária da Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos, com os quais trabalha há 34 anos.

Surdos não entram na categoria paralímpica

Criada exclusivamente para atletas sem audição, a Surdolimpíada foi disputada pela primeira vez em 1924, na França, com nome de Jogos Internacionais Silenciosos. O torneio, organizado pelo Comitê Internacional de Desportos de Surdos, ocorre a cada quatro anos, e em 2017 terá disputas em 22 modalidades.

A participação do Brasil no evento começou em 1993, na Bulgária. Na última edição, em 2013, a delegação brasileira, formada por 19 atletas, conquistou quatro medalhas — uma de prata e duas de bronze, na natação, e outra de bronze, no caratê.

Só pode participar quem tiver perda na audição acima de 55 decibéis nos dois ouvidos. No entanto, atletas surdos não se encaixam na categoria paralímpica. Eles fazem uma competição específica com as mesmas regras das pessoas sem deficiência. O que muda é a forma de comunicação.

Segundo a presidente da confederação, já foi aventada a possibilidade de juntar os torneios. Mas isso seria inviável, a seu ver, pelo porte das disputas e por questões burocráticas que envolvem a organização dos mundiais.

“São eventos que contam com milhares de atletas. Teriam que ser feitas muitas adaptações na quantidade de vagas e de modalidades, por exemplo”, explica Deborah.

A média de participantes nas paralimpíadas é de 4 mil, e a das Surdolimpíada, de 2,5 mil esportistas.

Apesar de ser uma competição tradicional, os atletas sofrem com a falta de visibilidade da Surdolimpíada. “Não temos o mesmo reconhecimento de imprensa, nem de financiamentos, mas lutamos para que isso melhore cada vez mais”, garante.

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Médicos, enfermeiros e psicólogos

Novo processo seletivo do IGESDF tem salários entre R$ 3.365,00 e R$ 15.292,32

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Processo seletivo IGESDF Técnico Enfermagem
Foto/Imagem: Davidyson Damasceno/IGESDF

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) abriu processo seletivo para médicos com especialidades em cirurgia vascular e intensivista pediátrico, enfermeiros e psicólogos. Com carga horária de 12 horas a 36 horas semanais, a remuneração varia entre R$ 3.365,00 e R$ 15.292,32. As inscrições podem ser realizadas até o dia 14 de janeiro pelo site oficial do Instituto.

Além do salário atrativo, os profissionais selecionados terão direito a benefícios como auxílio-transporte, abono semestral, folga de aniversário e acesso a um clube de vantagens com descontos em estabelecimentos parceiros. Para se inscrever, os interessados devem ter o diploma do curso, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).

Para a vaga de médico cirurgião vascular, os requisitos incluem: diploma de medicina reconhecido pelo MEC ou declaração de conclusão de curso de até seis meses; residência médica com RQE ou título de especialista em cirurgia vascular emitido pela AMB/Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular; experiência mínima de 6 meses como cirurgião vascular; e registro ativo no Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF).

É desejável, ainda, que o candidato tenha residência ou título de especialista em angiorradiologia e cirurgia endovascular; experiência em manejo de doenças arteriais obstrutivas periféricas, incluindo tratamento clínico, cirúrgico, intervencionista e amputações. Para mais informações e detalhes sobre o processo seletivo, acesse o site oficial do IgesDF e consulte o edital n.º 004/2025.

Para a vaga de enfermeiro, os requisitos incluem: diploma do curso de enfermagem, reconhecido pelo MEC ou declaração de conclusão de curso de até seis meses; experiência como enfermeiro em unidade de internação; e registro ativo no Conselho Regional de Enfermagem (Coren/DF).

É desejável, ainda, que o candidato tenha conhecimento em sistema de gestão e prontuário eletrônico, como MV ou Trackcare, entre outros. Para mais informações e detalhes sobre o processo seletivo, acesse o site oficial do IgesDF e consulte o edital n.º 005/2025.

Para a vaga de psicólogo hospitalar, os requisitos incluem: diploma do curso superior completo em psicologia reconhecido pelo MEC ou declaração de conclusão de curso de até seis meses; residência multiprofissional, mestrado ou pós-graduação na área de psicologia da saúde ou hospitalar comprovados por meio de certificado por instituição de ensino reconhecida pelo MEC; experiência mínima de seis meses como psicólogo na área hospitalar; e registro ativo no Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP-DF).

É desejável, ainda, que o candidato tenha conhecimento básico do sistema MV PEP; conhecimento na aplicação de testes de rastreio psicológico (HSDS, Mini Mental, CAM) e conhecimento em pacote Office nível básico. Para mais informações e detalhes sobre o processo seletivo, acesse o site oficial do IgesDF e consulte o edital n.º 006/2025.

Para a vaga de médico intensivista pediátrico, os requisitos incluem: diploma de medicina reconhecido pelo MEC ou declaração de conclusão de curso de até seis meses; residência médica com RQE ou título de especialista em medicina intervencionista pediátrica em UTI Pediátrica emitido pela AMIB/AMB; experiência mínima de seis meses como médico intensivista pediátrico;e registro ativo no Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF).

É desejável que o candidato tenha conhecimento em Sistema de Gestão e prontuário eletrônico, como MV ou Trackcare, entre outros. Para mais informações e detalhes sobre o processo seletivo, acesse o site oficial do IgesDF e consulte o edital n.º 006/2025.

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Meio ambiente

Drenar DF devolverá água captada para a natureza com segurança e qualidade

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Drenar DF
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Drenar DF, maior programa de captação e escoamento de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF), vai mudar a forma como a água da chuva é tratada em Brasília. O projeto, que tem como objetivo solucionar os problemas de enchentes e alagamentos na região da Asa Norte, vai além da simples captação da chuva. Um dos diferenciais da iniciativa é a devolução da água coletada à natureza.

Para que o retorno ocorra de maneira sustentável, a bacia de detenção localizada na ponta no Drenar DF, próxima ao Lago Paranoá, será responsável por reter resíduos sólidos, promovendo uma barreira importante contra a poluição. Além disso, o tanque vai contribuir para a redução do assoreamento, mantendo o equilíbrio ambiental do lago.

“O Drenar DF vai beneficiar a população e o meio ambiente. O retorno da água da chuva para a natureza ajuda a promover um ciclo mais equilibrado do uso da água na capital”, explica o diretor-técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Hamilton Lourenço Filho.

A estrutura do reservatório também vai ajudar a manter a qualidade e a balneabilidade do Lago Paranoá, hoje considerada adequada em 95% de sua extensão. “O sistema vai captar todo o lixo e sujeira, que ficarão retidos na bacia para recolhimento posterior. Assim, a água que chega ao lago estará mais limpa”, detalha Lourenço Filho.

A bacia de detenção ocupa um terreno de 37 mil m² localizado no Parque Urbano Internacional da Paz, no Setor de Embaixadas Norte. Com capacidade para até 96 mil m³ de água e volume útil de 70 mil m³, o reservatório terá dissipadores na entrada e vertedores na saída. A água chegará por um túnel com diâmetro de 3,60 metros, enquanto a galeria que devolverá a água para a natureza tem 2,60 metros de diâmetro. A vazão de chegada na bacia será de 42,72 m³/s, e a de saída, 10,37 m³/s.

Fim de alagamentos

Com um investimento de R$ 180 milhões, o Drenar DF foi dividido em cinco lotes e é executado pela Terracap. A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha) e vai até o Lago Paranoá, seguindo em paralelo às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, e chegando à L4 Norte.

Concluída a primeira etapa do programa, que abrange as primeiras quadras da Asa Norte, a Terracap vai executar a segunda fase do projeto, que compreende as quadras 4 e 5 até as quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Novacap e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16.

Além do projeto de captação de águas pluviais, o Drenar prevê a criação do Parque Urbano Internacional da Paz. Com 5 mil m² de área livre, o espaço contará com esculturas e 249 árvores e arbustos, entre espécies frutíferas e para sombreamento.

O projeto, desenvolvido pela Terracap em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF), de acordo com exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda inclui uma ciclovia de 1,1 km de extensão contornando o parque.

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