13 votos a favor e 9 contra
Câmara Legislativa aprova criação do Instituto Hospital de Base do DF
Após um debate que durou quase oito horas, a Câmara Legislativa aprovou, em primeiro e segundo turnos, nesta terça-feira (20), o projeto de lei nº 1.486/2017, que autoriza o GDF a criar o Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF). Segundo a proposta do Executivo, o hospital será transformado em um serviço social autônomo, entidade jurídica de direito privado sem fins lucrativos, para a prestação de assistência médica gratuita à população. O texto foi aprovado com emendas (ver abaixo) por 13 votos favoráveis e nove contrários.
A proposta visa a garantir autonomia orçamentária ao Hospital de Base, dispensando a necessidade de licitação para a compra de materiais, remédios e insumos. Além disso, o Instituto poderá celebrar contratos de prestação de serviços com qualquer pessoa, tanto física como jurídica. A unidade também não precisará realizar concurso público para contratar pessoal, que será regido pelo regime celetista.
Antes da votação, o deputado Raimundo Ribeiro (PPS) apresentou requerimento solicitando a apreciação de cada um dos 18 artigos do texto original, bem como das 59 emendas apresentadas. Essa proposta, contudo, foi rejeitada. Iniciada a votação, por volta das 18h, deputados contrários à matéria ainda fizeram várias tentativas de postergar a apreciação do PL e questionaram, com base no regimento interno, procedimentos da Mesa Diretora na condução dos trabalhos. Exigiram, por exemplo, que as emendas fossem lidas na íntegra e não somente anunciadas pelo número. Depois de vários apelos, o presidente da Casa, deputado Joe Valle (PDT), pediu que fossem enunciadas, individualmente, em cada uma das cinco comissões que apreciaram as emendas: Assuntos Sociais (CAS); Economia, Orçamento e Finanças (CEOF); Transparência e Controle; Educação, Saúde e Cultura (Cesc) e Constituição e Justiça (CCJ).
Debates – A votação foi precedida por inflamados debates em plenário que repercutiram nas galerias, onde manifestantes contrários e favoráveis à proposta gritaram palavras de ordem e trocaram insultos. No momento de maior tensão entre os grupos, o deputado Joe Valle suspendeu a sessão para garantir a fala dos distritais, que se sucederam na tribuna para apoiar ou criticar a matéria.
Chico Vigilante (PT) argumentou que a proposição criava despesa nova de caráter continuado. Na mesma linha de questionar a proposta sob a ótica jurídica, Raimundo Ribeiro chamou a atenção para a criação de regimes diferenciados para os trabalhadores, o que implicaria em diferenças salariais. O deputado Wellington Luiz (PMDB) foi mais radical: “Esse projeto é uma falta de respeito. Deve ir para lata de lixo”. Aproveitando a presença do secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, Ricardo Vale (PT) também pediu a retirada do PL e defendeu a continuidade da discussão.
Wasny de Roure (PT) afirmou que não seria “uma mudança de figura jurídica” que resolveria a situação de um hospital que tem vários problemas. “Acredito no serviço público e que se deva atuar com competência”, declarou. O petista ressaltou que o projeto foi criticado pelo próprio Conselho de Saúde e lamentou que a posição do colegiado não tenha sido levada em consideração pelo governo. Ele classificou a aprovação da medida como uma das mais “duras” da história do Legislativo local e uma das mais “impactantes” para o DF. “Estão jogando no lixo concurso público, controle e licitação”, afirmou.
A deputada Celina Leão (PPS) também expôs sua insatisfação com a proposta e exemplificou um modelo de boa gestão pública referindo-se à descentralização de recursos que já é feita na educação.
Uma das defesas mais contundentes do PL partiu do deputado Lira (PHS), que criticou o que chamou de “uso político” dos sindicatos da área de saúde. “A entidade deixa de proteger os interesses da sociedade para defender seus próprios interesses”, reiterou. Ele citou médicos “que faltam aos hospitais, mas estão em seus consultórios trabalhando”. Para ele, um dos méritos do projeto é a garantia de agilidade para a compra de insumos.
Já o líder do governo na Casa, Rodrigo Delmasso (Podemos), disse que todos os aspectos jurídicos questionados pela oposição estavam explicitados no texto do projeto. O deputado Agaciel Maia (PR) pediu respeito aos trabalhadores terceirizados do setor de saúde, e Julio Cesar (PRB) também mencionou o uso político dos sindicatos.
Alterações – O projeto do Executivo foi aprovado com diversas emendas. Uma delas altera a composição do Conselho de Administração do Instituto, incluindo a indicação de um conselheiro por entidade com representatividade técnica em área de saúde. Outra emenda estabelece que, somente após o início da vigência do contrato de gestão, o IHBDF poderá assumir a gestão do Hospital de Base, não podendo a transição interferir no funcionamento normal da unidade.
Uma das principais emendas ao projeto original foi a retirada de artigo que tratava de isenções fiscais ao Instituto. Este ponto gerou divergências entre os parlamentares, provocando questionamentos mesmo após o anúncio da aprovação do projeto. Os deputados contrários ao PL argumentaram que, por tratar de matéria tributária, o texto exigia maioria qualificada; ou seja, 16 votos favoráveis para a aprovação, e não 13, como insistiram os favoráveis ao projeto.
Questionamentos – “A necessidade de quórum qualificado é intransponível pela Lei Orgânica do DF”, defendeu Chico Vigilante. O vice-presidente da Casa, Wellington Luiz (PMDB), citou ainda manifestação da desembargadora Ana Maria Amarante, do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), pela necessidade de maioria qualificada.
“Como o Instituto vai funcionar sem os recursos da isenção? O governo prefere aprovar um projeto ‘meia-boca’, que não vai resolver o problema da saúde no DF, a conseguir 16 votos”, criticou Celina Leão.
O deputado Rodrigo Delmasso justificou, contudo, que o Instituto, por ser um serviço social autônomo, já “nasce imune, com isenções”. E o presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Casa, Agaciel Maia, assegurou a juridicidade e a legalidade da aprovação do PL com 13 votos, já que uma emenda retirou a previsão das isenções.
Solidariedade – No início do debate, parlamentares se solidarizaram com o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico), Gutemberg Fialho, alvo de um vídeo do governador no qual seria “reprovado” por não exercer as suas funções na rede pública de saúde. Distritais que foram contra a criação do IHBDF lembraram que a legislação permite o afastamento de servidores para exercer atividades sindicais.
Por outro lado, parlamentares favoráveis ao PL nº 1.486/2017 se manifestaram contrariamente ao presidente do SindMédico, argumentando que o sindicalista usava a entidade para fazer campanha política e pleitear o cargo de deputado distrital nas próximas eleições.
Confira como cada deputado votou:
A favor do projeto
- Agaciel Maia (PR)
- Cristiano Araújo (PSD)
- Joe Valle (PDT)
- Juarezão (PSB)
- Julio Cesar (PRB)
- Liliane Roriz (PTB)
- Lira (PHS)
- Luzia de Paula (PSB)
- Rafael Prudente (PMDB)
- Robério Negreiros (PSDB)
- Rodrigo Delmasso (Podemos)
- Sandra Faraj (SD)
- Telma Rufino (Pros)
Contra o projeto
- Bispo Renato (PR)
- Celina Leão (PPS)
- Chico Leite (Rede)
- Chico Vigilante (PT)
- Prof. Israel Batista (PV)
- Raimundo Ribeiro (PPS)
- Ricardo Vale (PT)
- Wasny de Roure (PT)
- Wellington Luiz (PMDB)

3.844 bilhetes premiados
Nota Legal: 2º sorteio de 2024 ainda tem R$ 430 mil à espera de resgate

Ainda restam 3.844 bilhetes premiados do segundo sorteio de 2024 do Nota Legal cujos contribuintes contemplados não indicaram suas contas bancárias para o recebimento dos prêmios. O valor total a ser resgatado é de R$ 431,2 mil, segundo dados da Secretaria de Economia do Distrito Federal (Seec-DF).
A maior quantidade de bilhetes pendentes é de moradores do Plano Piloto, com 770 prêmios, que somam mais de R$ 85,3 mil. Em seguida, está Taguatinga, com 290 tíquetes premiados, totalizando R$ 34,7 mil. Já o Sudoeste/Octogonal concentra 209 bilhetes, correspondentes a R$ 33,3 mil. Há ainda 355 cupons sem região administrativa identificada, que acumulam R$ 36,4 mil em prêmios.
“Estamos reforçando o alerta para que as pessoas verifiquem se foram sorteadas e façam a indicação antes do dia 12 de maio, que é o prazo limite para informar a conta bancária”, alerta o secretário de Economia, Ney Ferraz.
Entre os prêmios não resgatados há premiações de até R$ 10 mil. “Identificamos também contribuintes que não resgataram R$ 5 mil, R$ 1 mil, R$ 200 e R$ 100”, detalha a coordenadora de Cadastro, Escrituração e Documentos Fiscais Digitais da Seec, Giovanna Botelho.
“O importante é que façam dentro do prazo porque o contribuinte que não fizer a indicação até lá, está abrindo mão do direito ao prêmio”, complementa. O montante é, assim, recolhido ao Tesouro do DF. Giovanna explica que o segundo sorteio foi realizado em 13 de novembro de 2024, e os bilhetes pendentes de indicação pertencem ao 3º e último lote de contemplados.
Para indicar a conta bancária para recebimento dos valores, o contribuinte deve acessar o site do Nota Legal, fazer login na área restrita e preencher os dados solicitados. A Seec-DF também envia e-mails alertando sobre a necessidade da indicação, e informa que a consulta da premiação pode ser feita diretamente no portal do Nota Legal. Mas, fique atento: a Secretaria não utiliza o WhatsApp para esse tipo de comunicação.
Prêmio de R$ 1 milhão
O primeiro sorteio de 2025 do Nota Legal está previsto para 21 de maio. Serão 12.600 tíquetes premiados, que somarão R$ 3,5 milhões em prêmios. Pela primeira vez, o principal será de R$ 1 milhão — anteriormente, o valor era de R$ 500 mil. Para participar deste sorteio, é necessário estar habilitado conforme as regras do programa.
Os bilhetes do primeiro sorteio do ano estarão disponíveis para consulta a partir do dia 7 de maio. Por meio dessa verificação, os contribuintes poderão conferir quais bilhetes foram gerados a partir de suas notas fiscais.
Auxílio mensal de R$ 150
Novos beneficiários do DF Social têm até 27 de abril para abrir conta no BRB

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) selecionou 1.801 novas famílias beneficiárias do programa DF Social para abrir conta no Banco de Brasília (BRB) e ter acesso ao auxílio mensal de R$ 150. Para garantir o recebimento do próximo pagamento, é necessário que o cidadão tenha a conta social (não se trata de uma conta bancária comum) aberta até as 18h do próximo domingo (27).
Aqueles que não fizerem o procedimento no prazo estabelecido terão que aguardar nova rodada de contemplação. A abertura da conta social deve ser feita pelo aplicativo BRB Mobile. Basta seguir o passo a passo neste link.
Para saber se foi contemplado, o cidadão deve fazer a consulta no site GDF Social e confirmar se está entre os beneficiários. No portal, em Consulta DF Social, é necessário informar o CPF e a data de nascimento do responsável familiar, conforme declarado no Cadastro Único. Após esse procedimento, aparece mensagem na tela informando se a pessoa está ou não na lista de contemplados.
“Recebemos muitas mensagens de que as pessoas abriram as contas e não receberam o valor, mas ao investigar caso a caso, geralmente a pessoa não foi contemplada ou abriu a conta errada ou fora do prazo. Então, é importante que, antes de tudo, o cidadão verifique se foi contemplado. Depois disso, abra a conta correta e dentro do prazo”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. A abertura de contas dentro de um prazo específico é necessária para que o BRB confeccione o cartão e encaminhe à agência para busca posterior.
O DF Social é o programa de transferência de renda do Governo do Distrito Federal (GDF) que concede R$ 150 mensais destinado às famílias de baixa renda residentes no Distrito Federal. Têm direito ao benefício os grupos com renda per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único, entre outros critérios. A contemplação é feita por meio de seleção automática, cruzando critérios do programa com os cadastros únicos.
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