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Estado de alerta

Escassez de água faz Adasa anunciar medidas de redução de consumo no DF

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A escassez de chuvas em Brasília levou a Barragem do Rio Descoberto a atingir o nível mais baixo de sua história. O reservatório responsável por abastecer 65% do Distrito Federal estava com apenas 40% da capacidade até às 14h35 desta sexta-feira (16). A medição é feita desde 1989. O ideal é que ele se mantenha acima de 60% de seu volume útil.

Por isso, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF) declarou estado de alerta por situação crítica de escassez hídrica para a capital do País. Na tarde de hoje, o diretor-presidente da agência, Paulo Salles, assinou a Resolução nº 15, de 2016, que recomenda medidas a fim de assegurar a manutenção dos recursos neste fim de ano.

Para minimizar os efeitos da estiagem, a Adasa começou a adotar medidas de racionalização do consumo, como intensificar as campanhas educativas e aumentar a fiscalização para coibir captação ilegal de água. A resolução apresentada nesta sexta determina suspender a emissão de autorizações para uso dos recursos hídricos superficiais, ou seja, para fins que não sejam extremamente necessários, e orienta a população do DF a evitar o uso de água tratada para lavar carros e garagens, para irrigação paisagística e para encher piscinas.

A redução da pressão dinâmica das redes de distribuição de abastecimento nas redes de distribuição, das 22 horas às 5 horas do dia seguinte, é outra alternativa que pode ser tomada para forçar a queda no consumo na cidade.

Paulo Salles destacou que as mudanças para poupar água começarão nos órgãos públicos — as instâncias local e federal consomem 6% de toda a água distribuída no DF. “O próprio governador [Rodrigo Rollemberg] já entrou em contato com alguns órgãos do Executivo federal. É um desafio que precisa ser enfrentado por todos.”

Pelas projeções da Adasa, os reservatórios do Rio Descoberto e de Santa Mariaconseguem suportar mais 73 dias sem chuva. Caso as bacias atinjam níveis inferiores a 20%, o estado passa de alerta para restrição, e ações mais duras podem ser colocadas em práticas, como a implementação de tarifas de contingência. “Quanto mais os moradores se conscientizarem e reduzirem o consumo, mais distante ficamos dessas medidas extremas”, afirmou o diretor-presidente.

Situação no reservatório de Santa Maria também é preocupante

No reservatório de Santa Maria, o segundo maior do DF, a situação também é preocupante. Nesta quinta-feira (15), ele apresentava 50,35% da sua capacidade. Para reduzir os impactos da estiagem, uma outra resolução da Adasa, a de número 13, de agosto de 2016, estabelece ações que podem ser tomadas durante os estados de atenção e de alerta, como controlar a distribuição de água por tempo e em locais determinados.

Durante os estados de alerta ou de atenção, a fiscalização para evitar a captação clandestina de recursos hídricos também deve ser incrementada.

O diretor-presidente da Adasa confirma que a situação é delicada e pede a contribuição efetiva dos brasilienses para economizar. “Se cada um reduzir o seu consumo, vamos conseguir chegar ao período de chuvas sem a necessidade de adotarmos medidas mais rigorosas”, convoca Paulo Salles.

Último ciclo de chuvas é o 4º menor desde 1978

Os 86 dias sem chuva em Brasília em 2016 — de 17 de maio a 11 de agosto — contribuíram para a redução dos níveis dos reservatórios que abastecem a cidade. Levantamento da Caesb mostra que o ciclo de chuvas de 2015-2016 na região onde fica a Barragem do Rio Descoberto é o quarto menor de uma série histórica que começou a ser medida em 1978-1979. O ciclo sempre tem início em setembro de um ano e acaba em agosto do ano seguinte.

O chefe da previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Cavalcanti, explica que as altas temperaturas computadas em setembro — a quarta-feira (14) registrou o dia mais quente do ano, com 34º e 15% de umidade relativa do ar — intensificam a evaporação da água, o que acelera a redução das bacias que abastecem o Distrito Federal. “Diante de um longo período de secura, a atmosfera busca água onde tiver, e a evaporação de rios e bacias se torna muito mais intensa”, destaca.

As poucas precipitações no período e o aumento no consumo de água pela população nos últimos anos impactaram diretamente no esvaziamento das bacias. Pelas projeções da Caesb, o DF deve chegar ao fim de 2016 com o consumo de 183 milhões de metros cúbicos de água — o maior dos últimos sete anos. Em 2015, foram 181 milhões de metros cúbicos. Em 2010, mediram-se 150 milhões de metros cúbicos.

Para diminuir o desperdício de água na capital do País, a Caesb está substituindo as redes dos Lagos Sul e Norte. Os técnicos da companhia instalam novas válvulas redutoras de pressão, o que evita vazamentos. “É um trabalho com resultado extremamente relevante, pois vamos evitar a perda excessiva de água nas nossas redes”, diz o presidente da Caesb, Maurício Luduvice.

Ocupações irregulares influenciam na perda de recursos hídricos

A falta de água verificada nos principais reservatórios do DF é explicada por outro fator: as ocupações irregulares do solo. Além de afetar mananciais importantes e destruir extensas áreas de vegetações, pessoas que erguem moradias sem a anuência do poder público se valem da captação clandestina de água nas redes da Caesb. Por isso, as ações do governo de Brasília contra a grilagem de terras visam garantir também a preservação dos recursos hídricos. Desde o início de 2015, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis)recuperou mais de 6,1 milhões metros quadrados de áreas públicas.

A falta de investimento público nos últimos anos em sistemas para aumentar a capacidade de armazenamento e distribuição de água também concorreu para a situação crítica. A última grande obra de captação no DF ocorreu há 16 anos, com a construção da Bacia do Pipiripau. Nos próximos dias, uma intervenção de vulto começará próximo à saída do Parque Nacional de Brasília, com a construção do subsistema do Bananal, reservatório que terá capacidade para fornecer água a cerca de 170 mil moradores do Plano Piloto, Cruzeiro e Lago Norte. O investimento será de R$ 20 milhões.

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Inscrições até 25/01

QualificaDF Móvel 2025 abre 1.012 vagas para cursos gratuitos

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QualificaDF Móvel
Foto/Imagem: Divulgação/Sedet-DF

O Governo do Distrito Federal (GDF), por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico,Trabalho e Renda (Sedet-DF), lançou chamamento público para preenchimento de vagas destinadas aos cursos de qualificação profissional do projeto QualificaDF Móvel. Estão abertas as inscrições, a partir desta terça-feira (14), para 1.012 vagas em cursos gratuitos no Núcleo Bandeirante, P Norte, Riacho Fundo II e Sobradinho II.

As inscrições para o terceiro ciclo da quarta etapa da iniciativa podem ser feitas até o dia 25 deste mês por este link. Entre os cursos oferecidos, estão os de cuidador de pessoa idosa, atendente de farmácia, auxiliar de recursos humanos e manicure e pedicure. O resultado final da seleção e a convocação dos candidatos selecionados para o início da qualificação serão divulgados no site da Sedet-DF até o dia 27 de janeiro.

Os candidatos convocados para confirmação de matrícula deverão comparecer a uma das agências do trabalhador listadas no Anexo I do edital, no horário de 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, ou a uma das unidades móveis de execução dos cursos elencadas no item 1.7 do edital, das 8h às 12h e das 13h às 17h, entre os dias 27 deste mês e 1º de fevereiro, e apresentar os documentos comprobatórios originais.

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Inscrições já estão abertas

Veja o passo a passo para participar do Casamento Comunitário 2025

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casamento comunitário
Foto/Imagem: Dênio Simões/Agência Brasília

Estão abertas as inscrições para casais que desejam formalizar sua união em 2025, mas não têm condições de arcar com as despesas de uma cerimônia matrimonial. O programa Casamento Comunitário, promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), disponibilizará 600 vagas para casais, distribuídas ao longo de quatro edições neste ano. A iniciativa, realizada desde 2021, contribuiu para fortalecer os laços familiares e promover a cidadania.

Joaquim Sousa e Helena Vidal, moradores de Taguatinga, já realizaram a inscrição no Na Hora da rodoviária do Plano Piloto para formalizar sua união em 2025. “Sempre sonhamos em nos casar, mas as condições financeiras tornavam isso impossível. Essa oportunidade nos deu a chance de viver esse momento único e abençoado. Somos muito gratos,” comemora Joaquim Sousa.

A primeira cerimônia do Casamento Comunitário 2025 acontece no dia 23 de março. Além desta, outras três edições serão realizadas no decorrer do ano, sempre aos domingos, nas seguintes datas: 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro. Cada edição contará com 150 vagas. A ordem de casamento será definida conforme a ordem de inscrição, portanto, os primeiros 150 casais participarão da cerimônia em março, enquanto os últimos inscritos ocuparão as vagas de dezembro.

Entre as exigências, destaca-se, ter idade mínima de 18 anos, e ausência de impedimento legal para casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521).

Como se inscrever no Casamento Comunitário 2025

Para realizar a inscrição, os interessados deverão comparecer em algum dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, com a documentação exigida. Não será aceita a entrega de documentos por terceiros.

Os locais para realizar a inscrição são os seguintes: Praça dos Direitos da Ceilândia (QNN 13, Ceilândia Norte); na agência do Na Hora, no Setor Cultural Norte; na Praça dos Direitos do Itapoã (Quadra 203, Del Lago II); na Estação Cidadania do Recanto das Emas (Quadra 113, Lote 9) e durante as edições do GDF + Perto do Cidadão (sexta-feira de 9h às 16h e sábado de 9h às 12h).

Nos locais de inscrição, todos os casais (solteiros, divorciados e viúvos) devem apresentar comprovante de residência do DF; originais e cópias dos documentos pessoais: carteira de Identidade (RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Cadastro de Pessoa Física (CPF) e original da certidão de nascimento. Eles também devem preencher o formulário de inscrição.

Se divorciado, além dos documentos pessoais, apresentar cópia da formal de partilha contendo a petição inicial; sentença e o trânsito em julgado.

Se viúvo, além dos documentos pessoais, apresentar cópia da certidão de óbito e certidão de casamento; formal de partilha contendo a petição inicial, sentença e o trânsito em julgado.

Além disso, todos os inscritos devem apresentar cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme modelo no Anexo I do Edital (veja aqui) que deve ser entregue no ato da inscrição.

As testemunhas deverão apresentar original e cópia dos seguintes documentos: RG, CPF, Certidão de Casamento se forem casados (as); se forem divorciados (as), acrescer a Certidão de Casamento com averbação do divórcio. É importante lembrar que as testemunhas que se farão presentes no cartório, não podem ser as mesmas do dia da cerimônia.

Casais selecionados

Após receber as inscrições, a Sejus selecionará os casais com base nos critérios estabelecidos no edital. A lista dos casais selecionados e as informações sobre os próximos passos, incluindo a lista dos documentos que deverão ser entregues nos cartórios de Registro Civil indicados, serão divulgadas no site da Secretaria de Justiça e Cidadania, com dois meses de antecedência para cada cerimônia.

Para mais informações sobre o Casamento Comunitário 2025 entre em contato pelo e-mail [email protected] e/ou telefone (61) 2244-1347/1349.

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