18ª edição
Semana do Pimentão em Planaltina será de quarta-feira (3) a domingo (6)

Principal renda dos produtores do Núcleo Rural Taquara, em Planaltina, o cultivo do pimentão ocupa 75 hectares dos 32 mil hectares da região agrícola. Ali, a 56 quilômetros da Rodoviária do Plano Piloto, a produtividade mensal chega a 120 toneladas por hectare em estufa (25 hectares) e a 60 toneladas por hectare em campo aberto (50 hectares). Por causa da importância do legume para o local, há 18 anos ocorre a Semana do Pimentão. A próxima edição será de quarta-feira (3) a domingo (6).
Há 15 anos, José Perez de Barros planta e colhe pimentão no núcleo rural. A renda média mensal com a lavoura chega a R$ 6 mil, e com esse dinheiro ele sustenta os dois filhos e a esposa. Por semana, Barros vende cerca de 120 caixas, com capacidade para 10 quilos cada uma. De março a agosto, ele estima colher o equivalente a 3,5 mil caixas aproximadamente. “Comecei a plantar, porque estava difícil arranjar emprego. Hoje, ganho mais com o pimentão do que se estivesse empregado.”
Barros é um dos cem produtores do Núcleo Rural Taquara. De acordo com aEmpresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), o cultivo do pimentão forma 400 empregos diretos e indiretos na localidade. A safra deste ano, como a de 2015, deverá movimentar R$ 13 milhões. A empresa pública apoia os produtores com os cuidados e com as técnicas para o plantio, com a aplicação de agrotóxicos e com o tratamento de pragas. Além disso, dá orientações sobre crédito agrícola.
A produção é quase toda destinada a consumidores de Brasília, mas o gerente da Emater-DF de Taquara, Fabiano Carvalho, conta que empresas de fora da cidade também vêm comprar o pimentão do núcleo rural de Planaltina. Essa procura, acredita o gerente, é um incentivo para os produtores.
Na Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF), de janeiro a junho, foram comercializadas 1.442 toneladas da hortaliça — R$ 5,3 milhões. De acordo com o presidente da Ceasa, José Deval da Silva, 80% dos pimentões vendidos nas centrais são cultivados no Distrito Federal; os outros 20% procedem especialmente de Goiás, do Espírito Santo e de São Paulo.
Segundo Silva, existe uma preferência pelo produto da agricultura brasiliense devido à qualidade. “A produção é protegida por estufa, o que dá uma durabilidade maior, mais firme, mais tempo na mesa do consumidor”, explica o presidente da Ceasa.
Atrações da Semana do Pimentão
No primeiro dia da Semana do Pimentão, os agricultores passarão por coleta de sangue e exame de pele, uma vez que ficam frequentemente expostos ao sol e a agrotóxicos. Também está prevista na abertura o recolhimento de embalagens de produtos usados nas lavouras para reciclagem. As atividades ocorrerão no escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) no núcleo rural.
À noite, a partir das 19 horas, na Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina (Cootaquara), técnicos daEmater-DF darão palestras sobre boas práticas agrícolas; mudas enxertadas (quando características de duas ou mais espécies são combinadas em uma única planta para dar mais frutos) e viroses e doenças bacterianas na cultura do pimentão. Depois, como nos demais dias, a programação será encerrada com um jantar no galpão da Igreja São João Batista.
Na quinta (4), haverá palestra sobre a produção da hortaliça e o manejo ideal para o cultivo. Na sexta-feira (5), os produtores aprenderão sobre a tecnologia de irrigação para as culturas em estufas, sobre o controle de ácaros e de tripes (um inseto que ataca a produção).
Uma cavalgada, a partir das 15 horas, abre o último dia da Semana do Pimentão, no sábado (6). A saída será naEmater-DF de Taquara. Às 19 horas, na Igreja São João Batista, será celebrada uma missa sertaneja, seguida do encerramento, com mostra dos produtos e degustação de oito tipos de pratos em que o pimentão foi usado. Fecham a noite um jantar de confraternização e um show com a dupla Márcio e Marcinho.
Além da Emater-DF e da Cootaquara, a semana conta com o apoio daAdministração Regional de Planaltina e da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

Terça-feira, 22 de abril
Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

As agências do trabalhador do DF oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.
A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.
O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.
Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
Serasa Consumidor
Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.
Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.
Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.
Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.
“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.
Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.
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