Fatores 8 e 9
Rede pública de saúde está abastecida de medicamento para hemofílicos

Não há desabastecimento dos Fatores 8 e 9 — hemoderivados usados no tratamento de pacientes hemofílicos — na rede pública de saúde do Distrito Federal. A garantia foi dada pelo secretário de Saúde, Humberto Fonseca, na tarde desta sexta-feira (24), em coletiva de imprensa. O fornecimento dos Fatores Plasmáticos 8 e 9 é responsabilidade do Ministério da Saúde e, ao Distrito Federal, cabe a distribuição dos medicamentos. “Todos os 235 pacientes hemofílicos do Distrito Federal receberam os fatores necessários para fazer o tratamento da doença”, disse.
No caso do Fator 9 recombinante — cinco vezes mais caro que o plasmático e com a mesma eficácia —, a compra é feita pelo governo de Brasília em razão da quantidade de liminares concedidas pela Justiça. São 12 ações — nove de 2015 e três deste ano — pedindo o medicamento alternativo aos pacientes. As decisões judiciais têm sido cumpridas. “Somos a única unidade da Federação que precisa comprar o Fator 9 recombinante por causa da judicialização. Compramos porque o Ministério da Saúde não o distribui. Mesmo assim, todos os pacientes que demandam esses hemoderivados o recebem”, destacou. Em 2015, essa despesa representou R$ 9 milhões a mais no orçamento da pasta — cerca de R$ 1 milhão por paciente.
Em março e abril deste ano, o Ministério da Saúde parcelou a distribuição dos Fatores 8 e 9 plasmáticos. As entregas à secretaria, antes feitas para atender a demanda do mês completo, passaram a ocorrer de forma semanal ou quinzenal. Ainda assim, os pacientes receberam a quantidade necessária para o tratamento. “O Ministério da Saúde não deixou de nos entregar os Fatores 8 e 9. Distribuímos tudo o que nos foi enviado. O órgão federal os entregou parcelado, e nós os distribuímos parceladamente.”
Em relação à aquisição do Fator 9 recombinante, está em curso compra em caráter emergencial. Como há outras ações em julgamento, a Secretaria de Saúde precisa adquirir, desde já, os medicamentos para cumprir os prazos a serem estabelecidos pela Justiça. “Como precisamos fazer a compra, via judicialização, e vêm novas ações, estamos comprando porque temos prazo para cumprir as determinações da Justiça. Mesmo esses pacientes que entraram com ações judiciais recebem todos os fatores”, informou Fonseca. Além disso, na próxima semana, deve ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal o edital para compra de mais ampolas.
Ação penal contra gestores da Saúde
O secretário de Saúde também rechaçou a denúncia de que o Estado não estaria cumprindo as entregas dos Fatores 8 e 9. Na terça-feira (21), o Ministério Público Federal pediu a abertura de uma ação penal contra Fonseca e os ex-secretários Fábio Gondim e João Batista Sousa. A denúncia também alcança a presidente da Fundação Hemocentro, Miriam Scaggion. “A ação é absurda, indignante, infamante”, disse Fonseca.

Terça-feira, 22 de abril
Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.
A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.
O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.
Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
Serasa Consumidor
Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.
Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.
Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.
Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.
“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.
Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.
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