Câmara Legislativa
Comissão de Economia, Orçamento e Finanças aprova Uber Black e exclui Uber X

O projeto de lei nº 777/2015, que regulamenta a prestação de serviço de transporte individual privado de passageiro baseado em tecnologia de comunicação em rede, foi votado hoje (21) pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa. O projeto, enviado pelo governo para regulamentar o funcionamento do aplicativo ‘Uber’ no DF, foi relatado pelo deputado Prof. Israel Batista (PV), que fez uma defesa da adequação à modernidade e incluiu em seu parecer a regulamentação tanto da modalidade ‘Uber Black’, de carros de luxo, quanto da ‘Uber X’, que utiliza carros de passeio comuns para transporte de passageiros. A comissão, no entanto, rejeitou o relatório apresentado, optando por aprovar o projeto em sua forma original, que não abrange a modalidade ‘Uber X’.
“Estudos já comprovaram que o Uber não concorre diretamente com o táxi. O Uber chegou para atender uma demanda reprimida que não utilizava o táxi como meio de transporte. Além disso, 97% dos brasilienses aprovam o aplicativo e 73% consideram que a nova tecnologia proporcionará uma melhora na mobilidade urbana”, argumentou Prof. Israel. O deputado também ressaltou que os carros do ‘Uber X’ atendem a população da periferia, que agora tem mais uma alternativa de transporte. “Além disso, há a questão da sustentabilidade, pois um veículo rodando o dia inteiro pode carregar muitos passageiros. Nossa sociedade não comporta mais o modelo de um automóvel por habitante”, afirmou.
O relatório apresentado pelo deputado Prof. Israel Batista acatava diversas emendas e rejeitava várias outras. “Foram apresentadas 50 emendas. Eu rejeitei várias delas que engessavam o modelo do ‘Uber’, propondo pisos tarifários e limites de veículos. Na prática, estão tentando transformar o ‘Uber’ em táxi, o que é um absurdo. É duro, mas a história nos impõe escolhas dolorosas. Um país inteligente sabe perceber as mudanças e se adaptar. Não faz sentido permanecermos exclusivamente com um sistema de táxis criado aqui na década de 70 e que até hoje não passou por nenhuma mudança”, reclamou. Mas certamente a parte do projeto que causa mais divergências entre os distritais é a que permite a atuação da modalidade ‘Uber X’, que utiliza carros de passeio comuns para prestação de serviço de transporte.
Taxistas – O deputado Agaciel Maia (PR) fez um discurso em defesa dos taxistas e contra a atuação do ‘Uber X’ no DF. O parlamentar apresentou um voto em separado, divergindo do relatório do deputado Prof. Israel Batista. Em seu voto, Agaciel Maia defendeu que a CEOF aprovasse o projeto original, tal como enviado pelo Poder Executivo. Na prática, isso significa a aprovação da modalidade ‘Uber Black’ e a rejeição da modalidade ‘Uber X’. “Rejeito a atuação do ‘Uber X’ porque entendo ser uma estratégia de dominação do mercado. O poder econômico estrangeiro chega aqui, estabelece um preço irrisório para acabar com o mercado local de táxis, e depois estabelece o preço como bem entender. Eles estão operando com valores abaixo do mercado e explorando a situação de desemprego no país. Se esse projeto for aprovado, em 2 anos os taxistas estarão extintos. É justo riscar fora do mapa tantos trabalhadores que se dedicaram por décadas a atender a população?”, questionou.
O deputado Wasny de Roure (PT) ponderou que é inútil lutar contra o avanço tecnológico e de mercado, mas defendeu um cuidado maior com os motoristas de táxi que operam na cidade. “Se aprovarmos esse projeto liberando o ‘Uber X’, como ficarão os 3500 taxistas e suas famílias?”, questionou. O deputado Júlio César (PRB) seguiu a mesma linha: “O relatório apresentado aqui praticamente extingue a categoria dos taxistas. Não podemos ser irresponsáveis com essas pessoas”. Já Rafael Prudente (PMDB) enxergou complicações futuras como consequência da aprovação do projeto como relatado pelo deputado Prof. Israel Batista. “Se for assim, correremos o risco de o governo cancelar as licitações de ônibus para que cada um que tiver um ônibus velho possa transportar passageiros”, afirmou Rafael Prudente.
Por fim, o relatório apresentado pelo deputado Prof. Israel Batista, que previa a liberação tanto do ‘Uber Black’ quanto do ‘Uber X’ foi rejeitado. No lugar dele, os distritais votaram a favor do voto em separado de Agaciel Maia, que equivale ao projeto original apresentado pelo governo, liberando o ‘Uber Black’ sem menção ao ‘Uber X’.
Votos – Confira como votou cada integrante da CEOF: o deputado Prof. Israel Batista votou de acordo com seu relatório, liberando a atuação tanto de ‘Uber Black’ quanto de ‘Uber X’. O deputado Wasny de Roure votou pela abstenção. O deputado Agaciel Maia votou contra o relatório, optando pela regulamentação apenas do ‘Uber Black’, posição compartilhada também pelos deputados Rafael Prudente e Júlio César.
O projeto de lei nº 777/2015 segue agora para votação em plenário, onde ainda podem ser apresentados substitutivos que mudem o seu teor.

Terça-feira, 22 de abril
Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.
A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.
O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.
Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
Serasa Consumidor
Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.
Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.
Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.
Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.
“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.
Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.
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