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Câmara Legislativa

Negociações avançam e regulamentação do Uber deve ser votada nesta terça (21)

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Negociações avançadas. Uma proposta de acordo que possa conciliar os interesses dos taxistas e permitir a regulamentação do trabalho dos motoristas dos aplicativos, como o Uber, foi amplamente debatida na Câmara Legislativa na tarde desta segunda-feira, com representantes de ambas as partes e do legislativo local.

No começo da noite ficou decidido que os deputados distritais iriam reunir suas assessorias até a tarde de amanhã, quando o projeto deverá ser votado a partir das 15h, para apresentarem um substitutivo de consenso ao projeto de lei do governo n° 777/2015, em nome de todos eles, que possa ser votado em plenário, sem vencedores ou vencidos.

“Temos que encontrar um caminho do meio”, enfatizou a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), na reunião entre representantes de taxistas com alguns deputados distritais interessados em fechar o acordo. Segundo ressaltou o deputado Raimundo Ribeiro (PPS), que intermediou reunião com representantes dos motoristas do Uber, a possibilidade de acordo para a aprovação de um substitutivo evoluía, mas havia ainda dois pontos divergentes: a padronização de tarifas e a ampliação de todo o sistema (incluindo taxistas e aplicativos) com novas concessões. As concessões aumentariam de 3.500 para 5 mil veículos, conforme proposta do deputado Agaciel Maia (PTC).

Entre os pontos que os deputados apontaram como praticamente fechados, destacavam-se: o pagamento de uma outorga pelos motoristas do Uber, a tributação do percentual destinado àquela empresa estrangeira (no caso do Uber X, 25% da tarifa) e a criação de mecanismos de identificação por parte dos motoristas do aplicativo, como placas diferenciadas para comprovar que o veículo seja utilizado exclusivamente numa concessão de serviço público, além de outros “fatores limitadores”.

No caso dos taxistas, que enfatizaram estar enfrentando muitos problemas para garantir a sobrevivência – “estamos morrendo”, disse um deles -, o substitutivo garantiria a eles o direito de também trabalharem com seus veículos dentro do sistema do aplicativo, inclusive utilizando taxis executivos, inclusive com veículos pretos, similar ao modelo “black” do Uber.

“A gente quer acabar com esse conflito. Mas também não pode ser dizimando, do que jeito que está”, advertiu a presidente do Sindicato dos Taxistas no DF, a Mariazinha. Ela disse que considerou “positiva” a negociação que avançou nas últimas horas entre os representantes das duas categorias, intermediada pelos deputados distritais.

Mudança – “Do jeito que está projeto do governo não passa”. Essa foi a avaliação do deputado Rodrigo Delmasso (PTN) sobre o projeto original do governo sobre a regulamentação do Uber. O distrital Cristiano Araújo (PTN) lembrou que os casos de violência contra motoristas daquele aplicativo ajudaram a garantir apoio da população à regulamentação do Uber.

Os dois deputados, como também a distrital Sandra Faraj (SD), apresentaram substitutivos ao projeto do governo. Mas concordaram em juntar o que havia de melhor em suas propostas, inclusive consultando o que “deu certo” e já foi aprovado em outras cidades, como São Paulo e Campinas (SP). Alguns distritais, como Ribeiro, criticaram o governo por não ter resolvido a questão antes, editando

Os representantes dos motoristas que trabalham no Uber também criticaram o teor do projeto original do governo. Eles criticaram por exemplo que aquela proposta não contemplava o maior segmento do aplicativo (o Uber X), que tem amplo apoio popular por praticar as menores tarifas. O distrital Raimundo Ribeiro concordou que “não tem como o Uber X ficar de fora da regulamentação”. Ele advertiu aos representantes de ambos os lados que, qualquer proposta a ser aprovada amanhã, em plenário, deve colocar o Estado no controle de todo o sistema. “O interesse maior a ser preservado é o dos cidadãos”.  Já o deputado Wellington Luiz (PMDB) disse que, se fosse preciso, morreria “abraçado com os taxistas. “Mas o interessante é que todos possam sobreviver e que saibam que vão ter que perder alguma coisa”.

Conforme lembraram os deputados distritais, amanhã (21) as negociações poderão ser intensificadas entre os representantes dos aplicativos e dos taxistas, inclusive durante a apreciação do projeto original, nas comissões que têm reuniões confirmadas para análise da proposta: CEOF (10h) e CCJ, 10h30.

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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