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DF registra mais de 500 denúncias de crimes contra mulher nos primeiros dias de maio

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Os números de agressões contra a mulher aumentam todos os anos. No mundo, a cada hora cinco mulheres morrem vítimas da violência. Para debater o assunto, a Câmara Legislativa do Distrito Federal promoveu na manhã desta segunda-feira (6) uma audiência pública. De iniciativa da deputada distrital Telma Rufino (sem partido), o evento aconteceu no Plenário da Casa e contou com a participação de autoridades, especialistas e vítimas da violência.

No Distrito Federal apenas nos dez primeiros dias do mês de maio foram registradas mais de 500 denúncias de crimes praticados contra mulheres. “Infelizmente sabemos que este número é bem maior, mas nem todos os casos chegam ao conhecimento da Justiça”, destaca Telma Rufino. De outubro até hoje foram descritos oito casos bárbaros de feminicídio na capital federal.

A vítima de violência doméstica por parte do marido e pai de suas três filhas, Jeane Novaes da Silva, reforça a necessidade de consolidação dos órgãos de apoio. “Quando busquei ajuda passei pela Delegacia da Mulher, Casa Abrigo e me inscrevi em todos os aparatos públicos de amparo às vítimas de violência e não fui contemplada, tive que me virar da forma que podia para sair dessa situação. É preciso mais assistência do Estado”, cobrou Jeane.

“Os quantitativos demonstram uma realidade cruel no DF. E para frear estes números é preciso unir os poderes executivo, legislativo e judiciário em nome desta causa”, defendeu a deputada Telma Rufino. Para a parlamentar, é preciso propor leis que assegurem à mulher uma vida digna e que também dê segurança às vítimas.

Ana Cristina Melo, delegada chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), explica que é necessário o empoderamento das mulheres para que denunciem seus parceiros pela violência doméstica, assim como fez Jeane. “A polícia é a maior porta de entrada e precisa ser fortalecida, o movimento tem que girar em torno de encorajá-las”, disse a delegada.

A coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública, Dulcielly Nóbrega de Almeida, apresentou dados assustadores. “No mapa de violência de 2012, o Brasil era o sétimo colocado mundial em homicídio de mulheres. No último mapa de feminicídio, realizado em 2015, o Brasil subiu para quinto colocado”, revelou Dulcielly.

Falta de pessoal – A promotora de Justiça de violência contra as mulheres de Santa Maria, Mariana Távora, explicou que é preciso pessoal para que o trabalho seja eficaz. “O Ministério Público não dá conta de todo esse trabalho sozinho, por isso estamos agindo em rede com outros recursos e órgãos. A violência acontece em ciclo, como se fosse um espiral: começam com amor, brigas e podem acabar em feminicídio. Precisamos agir com rapidez antes do final trágico”, sinalizou.

Proteção à vítima – “A Lei Maria da Penha é considerada pela ONU uma das três melhores do mundo em proteção à mulher. A lei traz além do aspecto penal a prevenção, assistência e uma série de instrumentos, só é preciso a aplicação adequada para retirada da mulher do ciclo de violência”, compleou a defensora pública Dulcielly de Almeida.

A assessora especial da subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência da secretaria de Justiça e Cidadania do DF, Cristiane Duarte Rios Machado, apresentou o programa Pró-vida. “O Programa é multidisciplinar. Nós promovemos ações de atendimento psicológico, social e jurídico às mulheres e familiares vítimas de violência”, informou Cristiane.

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Serasa Consumidor

Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Educação financeira
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Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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