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Voz Ativa da Segurança Pública

Moradores de Taguatinga participam de encontro para falar de segurança

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Cerca de 300 moradores de Taguatinga, segundo o Corpo de Bombeiros, estiveram na noite desta quarta-feira (30) no ginásio de esportes do Taguaparque para participar do Voz Ativa da Segurança Pública. O primeiro encontro do ano entre representantes do governo de Brasília e da população sobre o tema teve como foco discutir a situação de pessoas que vivem nas ruas. No ano passado, houve quatro edições, com diferentes temáticas: em Ceilândia, na Estrutural, em Planaltina e em Santa Maria. A iniciativa faz parte do Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida, programa de combate e prevenção à criminalidade.

O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e secretários de Estado ouviram relatos como o do ex-morador de rua Carlos Alberto de Oliveira, de 41 anos, que trabalha com serviços gerais. Ele reclamou da abordagem feita pela Polícia Militar a pessoas que não têm moradia, que chamou de truculenta, e da ausência de viaturas nas vias. “Não somos assaltantes ou traficantes, merecemos respeito”, disse. Do representante do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) Alisson Prata, de 24 anos, os representantes do Executivo escutaram que a solução para os moradores de rua não é a higienização ou o uso da força. “Muitos não querem sair das ruas, mas querem ficar lá com dignidade.”

Ampliação do atendimento
Durante uma hora e meia, 12 inscritos (de 22) foram sorteados para ter a palavra. Foram abordadas questões como atenção especial ao idoso, às crianças, aos gays e às lésbicas. O técnico de enfermagem Alberto Dias, de 33 anos, pediu mais atenção às chamadas para pedido de policiamento. O governador respondeu que estão sendo implementadas melhorias no atendimento, como reforço na capacitação de atendentes da Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade). Além disso, Rollemberg falou sobre a grande quantidade de aposentadorias na PM (cerca de 700 neste ano).

Representante da Casa Santo André, a advogada Fabiana Ferreira de Moraes, de 27 anos, pediu, entre outras coisas, ampliação do atendimento noturno das pessoas que vivem nas ruas. O governador disse que quer conhecer pessoalmente as unidades da instituição que conta com a parceria do governo para acolher esse público. “Gostaria de ser mais presente na rua, mas acabo ficando preso no gabinete. A Casa Santo André é um exemplo de como a parceria do governo com a sociedade civil é importante e eficaz”, destacou. E acrescentou que Brasília está com a capacidade financeira reduzida porque gasta mais de 80% com pagamento a servidores. “Temos de equilibrar o orçamento para equilibrar as questões sociais, e esse está sendo o nosso esforço.”

Locais de acolhida
Taguatinga abriga um dos dois centros de referência especializado para população em situação de rua, com capacidade para receber cerca de cem pessoas por dia. No local, são oferecidos guarda-pertences, higiene pessoal, lavagem de roupas e lanche. Além disso, os cidadãos sem moradia que procuram espontaneamente um dos centros têm acesso a educadores, a assistentes sociais e a psicólogos para ajudá-los a construir novos projetos de vida. O outro centro, no Plano Piloto, pode atender de 150 a 180 pessoas por dia.

Além dos Centros Pop, como são chamados esses locais, o governo tem outras três formas de acolhimento da população de rua. Uma delas é a parceria com a Casa Santo André e foi batizada de Projeto Cidade Acolhedora. Quinze equipes, com quatro integrantes cada uma, percorrem as ruas de Brasília para dar orientações e encaminhar as pessoas a outros locais de atendimento. O projeto engloba atividades educativas com o objetivo de contribuir para o processo de saída das ruas.

A população em questão também pode procurar um dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e ser direcionada a uma das seis unidades de acolhimento no DF para passar a noite abrigada. Segundo a secretária da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar Araújo, há 7 mil pessoas morando nas ruas de Brasília. “Não podemos fazer de conta que não as vemos. Devemos reconhecê-las como alguém que precisa ser resgatado e integrado na sociedade.”

Índices de criminalidade
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, os crimes violentos letais intencionais em Taguatinga tiveram redução de 7,1% de 2014 para 2015. Já os homicídios foram três a mais (35) em 2015 em relação a 2014 (32). No mesmo período, o número de latrocínios caiu de nove para quatro. Lesão corporal seguida de morte, crimes contra o patrimônio, roubos a residência, a comércio e de veículo, além de assalto a pedestre, também diminuíram entre os dois anos. O único crime que fechou 2015 em alta foi o roubo a transporte coletivo, que saiu de 70 registros em 2014 para 108.

Também participaram do Voz Ativa o secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Joe Valle; o administrador regional de Taguatinga, Ricardo Lustosa Jacobina; os comandantes-gerais da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, e do Corpo de Bombeiros, coronel Hamilton Santos Esteves Junior; o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba; o controlador-geral do DF, Henrique Ziller; e a deputada distrital Luzia de Paula (PSB), entre outras autoridades. Compareceram ainda o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Taguatinga, José Paulo Santos, o coordenador de Ações Sociais da revista Traços, Alexandre Rangel, e a representante regional do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Antônia Cardoso.

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Acesso à Justiça

Defensoria Pública amplia serviços para a população nos postos do Na Hora

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Na Hora GDF
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) expandiu a atuação nos postos de serviços das Unidades de Atendimento do Na Hora, iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF) vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) que facilita o acesso dos cidadãos a diversos serviços públicos em um único local. A portaria foi publicada nesta quinta-feira (26) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

Com a medida, a DPDF deverá receber, revisar, corrigir e protocolar as petições produzidas nas unidades do Na Hora sobre ações de alimentos, alimentos gravídicos, alimentos avoengos, oferta de alimentos e execução de alimentos pelo rito da prisão. A instituição também deverá atuar em ações de investigação de paternidade ou de maternidade cumuladas com pedido de alimentos, de divórcio consensual e litigioso, para conversão de separação em divórcio, de regulamentação de visitas parentais a filhos menores ou incapazes, além de acordos de guarda, alimentos e regulamentação de visitas, de reconhecimento de união estável e de execução de alimentos pelo rito da penhora.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, a ampliação dos serviços não apenas soluciona problemas imediatos, mas também promove a conscientização dos cidadãos sobre seus direitos. “A iniciativa representa um passo estratégico para democratizar o acesso à Justiça e garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, especialmente das populações mais vulneráveis”, comemorou.

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Quinta-feira, 26 de dezembro

Vagas de Emprego no DF: veja oportunidades após o feriado de Natal

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Vagas de emprego agências do trabalhador DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do DF oferecem 235 vagas de emprego em 10 regiões administrativas diferentes para quem estiver atrás de oportunidades após o feriado de Natal. Destaque para Taguatinga, onde 66 ofertas estão disponíveis, cinco delas para pessoas com deficiência (PcD).

Para pessoas com ensino médio completo, as agências oferecem 52 vagas para operador de caixa, a maioria sem a necessidade de experiência prévia. Os salários vão de R$ 1.515 a R$ 1.775, além de benefícios.

O posto com a maior remuneração está em Ceilândia Norte, com três vagas para pedreiro, sem necessidade de experiência, com salário de R$ 2.200 e benefícios adicionais.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail [email protected]. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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