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100 mil metros de tubulações

Mais de 6,4 mil residências do Sol Nascente terão rede de esgoto

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Morador há 16 anos do Sol Nascente, em Ceilândia, o pedreiro Aldo Vieira acompanha as obras de instalação da rede de esgoto na rua onde vive. “Não temos que pedir, mas agradecer, porque trocar a fossa séptica diminui o risco de contaminação dos nossos lotes”, fala, entusiasmado.



Aldo, de 57 anos, ocupa uma das 6.473 residências que serão beneficiadas pelos 99.933 metros de tubulações que serão colocados no Sol Nascente até setembro deste ano. Para usufruir da benfeitoria, ele terá de adaptar o lote para conectá-lo à rede da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

Segundo o gerente de Mobilização Comunitária da companhia, Cesar Rissoli, as redes são construídas com caixas de conexão personalizadas, com localização e profundidade para as condições de cada residência. “Visitamos cada lote, onde identificamos a situação real das instalações internas.”

Com o sistema pronto para receber o esgotamento, funcionários da Caesb visitam os terrenos novamente para entregar uma carta de autorização de ligação, material de orientação sobre como fazer a conexão e indicações. Junto, há um telefone para pedir ajuda de técnicos da companhia em casos de dúvidas.

A recomendação de Rissoli é contratar um bombeiro hidráulico para fazer a conexão do imóvel à rede, o que envolve de um a cinco metros de tubos. “É muito comum que a única complementação que o morador precise fazer seja instalar uma caixa de gordura na saída da tubulação da cozinha.”

Vieira, por ser pedreiro, disse que ele mesmo fará a implementação na casa que divide com a esposa. “É fácil, só preciso do material. Até tenho as ferramentas”, justificou. Ele terá um prazo de até 30 dias para fazer a ligação.

Iniciada em abril de 2016, a construção da rede pública de esgoto no Sol Nascente já teve 91,28 mil metros executados até o momento. Foram liberados pela Caesb para fazer uso do sistema 2.183 imóveis. Os recursos, de cerca de R$ 7,6 milhões, são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

Decreto determina como deve ser feito esgotamento no DF

Decreto nº 5.631 estabeleceu que as residências em áreas do DF com sistema da Caesb implantado devem fazer o esgotamento na rede pública. Nos locais ainda não contemplados, é obrigatório o uso de fossas sépticas.

Rissoli ressalta que a empresa pública faz vistorias periódicas para checar se os lotes são ligados à rede. Caso não tenha sido feita a conexão, é emitida uma notificação com novo prazo.

Numa segunda visita, o morador fica sujeito a multas com valores variados, se o terreno não estiver conectado. “De maneira geral, não é necessária a aplicação de multas, pois os moradores têm interesse em eliminar a fossa dos terrenos e utilizar o sistema de esgoto”, relatou o gerente da Caesb.

Sol Nascente recebe obras de infraestrutura

Além da rede de esgoto, o Sol Nascente recebe obras de drenagem pluvial e pavimentação. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, elas começaram em fevereiro de 2015 e são divididas em três trechos.

No trecho 1, foram executados 25,2 quilômetros de redes de drenagem, com cinco lagoas de retenção e 304,9 mil metros quadrados de pavimentação. Isso corresponde a 44 quilômetros de vias com sete metros de largura.

Também são construídas quatro bacias e redes de drenagem, que já têm 60% dos serviços finalizados. A previsão é que as obras no trecho terminem no segundo semestre deste ano.

Já no trecho 2, foram feitos 30,3 quilômetros de redes de drenagem, com três lagoas de retenção e 493,5 mil metros quadrados de pavimentação (70 quilômetros de via de sete metros de largura).

As obras do Trecho 3 ainda não começaram, pois a Secretaria de Infraestrutura aguarda a licença de instalação. Mas estão previstas as construções de três bacias de drenagem, de 21,3 quilômetros de redes, com três lagoas de retenção e 450,5 mil metros quadrados de pavimentação.

As obras de infraestrutura no Sol Nascente atenderão cerca de 100 mil pessoas com recurso de R$ 188 milhões. Desse montante, 95% são da Caixa Econômica Federal e 5% do governo de Brasília.

Atualizado em 12/04/2017 – 10:29.

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