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Rede pública

Distrito Federal terá quinze novas unidades básicas de saúde até 2018

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O governo tem investido no fortalecimento da atenção primária como forma de melhorar o atendimento na rede pública de saúde. Entre este ano e o próximo, a previsão é entregar 15 novas unidades básicas de saúde (UBS). Outras 16 serão reformadas e três ampliadas.



As obras fazem parte de um processo maior, que envolve compra de novos equipamentos e capacitação de profissionais, para ampliação da Estratégia de Saúde da Família. Das construções, quatro, que tiveram as obras iniciadas em 2016, estão em estágio avançado. Duas ficam em Ceilândia, uma em Samambaia e a outra em Sobradinho.

A unidade de Samambaia, por exemplo, com 80% das obras concluídas, está em fase de pavimentação e acabamento, para colocação do piso, das louças e das luminárias. O lugar abrigará, a princípio, cinco equipes de saúde da família.

A novidade, que fica na Quadra 210 de Samambaia Norte, terá 715 metros quadrados de área construída. Possui cinco consultórios simples, quatro com banheiros, mais quatro para atendimento odontológico, além de reservatório para reaproveitamento da água da chuva, salas de triagem, de espera do setor administrativo, vestiário, fraldário e playground.

Para as iniciadas no ano passado, a previsão de entrega é no primeiro semestre deste ano. As outras 11 terão início ainda em 2017, segundo a Secretaria de Saúde. O investimento, de R$ 25 milhões para as 15 estruturas, está sendo captado por meio de emendas parlamentares.

Os prédios terão tamanhos variados e, juntos, abrigarão 71 equipes de saúde da família, que atenderão 266 mil habitantes. “Faz parte da ampliação da atenção primária a melhora da ambiência e do espaço onde o paciente será atendido”, explica o diretor de Serviços de Atenção Primária, Lucas Bahia.

A expectativa do governo é iniciar também no primeiro semestre a reforma em 14 unidades, espalhadas pelo Guará II, Riacho Fundo I, Recanto das Emas, Paranoá, Santa Maria, Brazlândia, Ceilândia, Samambaia e Sobradinho. Duas intervenções já começaram e aguardam liberação de recurso para continuidade. Uma fica no Gama e outra em Ceilândia.

Além disso, uma unidade no Itapoã, outra no Arapoanga, em Planaltina, e uma no Areal, em Águas Claras, passarão por ampliação. Este investimento, repassado pelo Ministério da Saúde, soma R$ 5 milhões.

O diretor explica que apenas as 45 unidades que funcionam em prédios cedidos por outros órgãos e as 25 que atendem em locais alugados não poderão passar por intervenções consideráveis. As demais 172 unidades receberão algum tipo de melhoria, como pintura, troca de piso e readequação elétrica e hidráulica. Segundo Bahia, o recurso é de manutenção predial e chega a R$ 10 milhões.

A UBS do Caub 1, No Riacho Fundo II, passou pela manutenção predial. Com investimento de R$ 160 mil, o lugar recebeu reparos como pintura, readequações elétrica e hidráulica, troca de cobertura e de piso, manutenção dos banheiros e asfalto no estacionamento. O local tem dois consultórios e salas de acolhimento para odontologia e para os agentes comunitários.

A equipe de Estratégia de Saúde da Família que atende no espaço é composta por médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem e de higiene bucal e odontólogo. Eles são responsáveis pelo atendimento de aproximadamente 2,3 mil moradores da região, além de pacientes de quadras próximas, do Riacho Fundo II.

Todas as unidades passarão por mudanças

Apesar de só unidades próximas passarem por intervenções maiores, todas elas receberão adequações de identidade visual e placas de identificação dos ambientes. De acordo com Bahia, a medida melhorará o fluxo dos pacientes e deixará os locais mais organizados.

A secretaria já finalizou a compra de 4,5 mil equipamentos que serão entregues até o meio do ano a todas as unidades básicas. São materiais como balanças, estetoscópios e oftalmoscópio. “São coisas que influenciam demais na qualidade do atendimento”, reforça o diretor de Serviços de Atenção Primária.

A pasta está em processo licitatório para novos mobiliários e já começou estudo para a compra de veículos que darão suporte aos servidores. Em paralelo, está em andamento o processo de readequação dos profissionais para que todas as unidades passem a funcionar com equipes da Estratégia Saúde da Família.

Portaria nº 78, de 2017, publicada em 15 de fevereiro, regulamenta o processo de conversão progressiva do modelo tradicional de atendimento para o novo formato. Até o meio deste mês, os servidores que trabalham em unidades básicas precisam comunicar se desejam ou não integrar o novo sistema.

Aqueles que não aceitarem serão realocados para outras unidades. Quem decidir ficar passará por um treinamento. “Vamos capacitar esses médicos, que têm suas especialidades, para que virem generalistas”, detalha o diretor. Haverá, segundo ele, equipes de transição, formadas pelos profissionais que atuam nos postos de saúde.

Os grupos, que receberão o treinamento pela Escola de Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS), serão formados por três médicos – sendo um clínico, um ginecologista e um pediatra -, três enfermeiros, três técnicos de enfermagem e, dependendo da disponibilidade, agentes.

O modelo de transição tem prazo de 120 dias, ou seja, até junho. Depois de formadas, as equipes serão convertidas em saúde da família em um ano. Se todos aderirem, o número de equipes saltará dos atuais 242 para 571. Com isso, a cobertura poderá superar os 70%.

No treinamento prático, 80 horas serão destinadas para o matriciamento, em que os médicos das três especialidades trocarão experiências de suas respectivas áreas de conhecimento em campo, reuniões e atendimento em conjunto. As 32 horas restantes serão para fazer análises de casos e definição de condutas.

Novo modelo de atenção primária

Com o planejamento de cada região, a capacitação começará a partir de abril. As equipes serão convertidas em saúde da família em um ano. A nova política de atenção primária foi estabelecida pela Portaria nº 77, de 2017.

O documento traz sete diretrizes: acolhimento, classificação de risco, resolubilidade, territorialização, acompanhamento, garantia de acesso e ordenação da rede pública. Pelas projeções da pasta, é possível resolver até 70% dos problemas somente na atenção primária. Por isso, a meta é estender de 30,7% para 75% a cobertura da Estratégia de Saúde da Família no DF até 2018.

Atualizado em 13/03/2017 – 12:37.

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